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JESUS NOSSO AMIGO E AS INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS


Amigo é alguém precioso que passa em nossas vidas como uma brisa suave e, até mesmo, quando examinamos a vida de pessoas que se destacaram no mundo, encontraremos o mesmo gesto companheiro de mãos amigas e suaves a lhes doar o mais doce e puro sentimento, a amizade.

Ao lembrar a história do Apóstolo dos Gentios, Paulo de Tarso, nos deparamos com a figura de Gamaliel, seu mestre e bondoso amigo, que o acolheu logo após a visão gloriosa ocorrida em Damasco, aconselhando-o a retirar-se para meditação e amadurecimento espiritual.

Na mesma época também vivia Ananias, um cristão convicto que era alvo das perseguições de Paulo; até que lhe devolve a visão e lhe dá os primeiros fragmentos evangélicos para que os copie e os estude, e, por fim, transformem a sua vida. Também podemos citar Lucas, o evangelista, outro amigo que se torna esteio moral e físico nos anos finais da vida de Paulo de Tarso.

Assim não há como negar que um amigo é uma parcela do amor de Deus que se expressa na forma humana sobre a face da terra e, acima de tudo, não podemos nos esquecer de um amigo incomparável que se chama Jesus de Nazaré.

O Cristo é certamente um amigo à parte, de forma que nenhum outro pode Lhe ser semelhante, já que, se os amigos terrenos lançam raízes nos corações, acima de todos eles, o Cristo semeia o amor no coração da humanidade e, assim, impera de forma inquestionável e eterna. Há vários relatos em que Jesus mencionava a palavra “amigo”, dando-nos a real ideia de que Ele era um amigo especial. Cito dois exemplos em especial: o de Lázaro, amigo por quem Jesus chorou ao lhe saber morto e de Judas, o amigo que o traiu. Em João (Cap. 11, vers. de 1 a 46) veremos a narrativa do evangelista sobre a ressureição de Lázaro que era um amigo amado pelo Nazareno; Temos no versículo 11, o seguinte comentário de Jesus (…) “nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo.” Logo adiante nos versículos 35 e 36 veremos a reação de Jesus diante da notícia de que Lázaro já estava sepultado faziam 4 dias: (…) “e perguntou: Onde o sepulteis? Eles Lhe responderam: Senhor, vem e vê! E Jesus chorou…” Já sobre a traição de Judas, mais de dois mil anos após o ocorrido, nos chegam notícias de que ao dizer para o amigo: (…)” O que pretendes fazer, faze-o depressa! (João 13 vers.27) Jesus estava dando a Judas a última chance para resistir a tentação, olhando-o ternamente nos olhos e chamando-o de amigo pela última vez. Jesus não se preocupou em ter amigos, mas sim em ser amigo e prova disso foi que mesmo sendo negado por um amigo, traído por outro e praticamente abandonado por todos os demais; não se perturbou nem mesmo pregado na infame cruz. Antes, rogou ao Pai Celestial que os perdoasse porque não sabiam o que de fato estavam fazendo a si próprios. Através da psicografia de Chico Xavier, sabemos hoje, que o primeiro ato de Jesus ao romper os laços da carne, não foi o de consolar a Sua Mãe Maria diante da cruz, mas sim, o de descer ao “mundo dos mortos” para consolar Judas que havia cometido o ato impensado, dando-nos a lição inesquecível da caridade que devemos ter para com os amigos decaídos. Igualmente, Jesus apareceu várias vezes a Pedro que O negara, sempre consolando e servindo de inspiração e também aos demais Apóstolos, de forma que O vendo “vivo”, após a morte do corpo, pudessem se perdoar pelo que haviam feito. Então, ao compreendermos esse grande exemplo de amor ao próximo vivificados na passagem terrena de Jesus, aprendemos que ser um amigo na vida de alguém é ser como o Cristo nos ensinou a ser: Indulgentes, caridosos e fiéis.

Com o testemunho desses belos exemplos de amizade, lembrando que um amigo é sempre alguém com quem temos afinidades e não raro são espíritos com os quais já convivemos em outras vidas e que nos são familiares.

Como diz no Evangelho Segundo o Espiritismo (…) “É natural a aproximação de espíritos que possuam afinidades em comum, seja na terra ou no mundo espiritual”. Sabendo que nada é por acaso, torna-se claro deduzir o porquê de amigos tão especiais que surgem como verdadeiros anjos que nos apoiam nos momentos mais difíceis. Vale comentar que os nossos amigos, encarnados ou não, estão ligados a nós pela lei das afinidades. Lendo o Evangelho Segundo O Espiritismo no cap. IV, parte final do ítem18 (…) “duráveis somente as afeições espirituais; as de natureza carnal se extinguem com a causa que lhes deu origem…”

Assim, concluímos que os bons têm afinidades com os bons e os maus com os maus.

Nascemos nas famílias que precisamos nascer e atraímos os amigos que merecemos. Mesmo assim, somo abençoados com a companhia infindável de Jesus, pois Ele sempre está conosco, independente de Lhe sentirmos a influência divina.


Grupo de Estudo e Pesquisa da Ordem Fraternidade Luz e Fé – FLF (abril – 2013)

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