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A MAIOR SESSÃO MEDIÚNICA DA HISTÓRIA


Pentecostes é uma festa de origem judaica que foi adotada posteriormente pelo cristianismo e até os dias de hoje é comemorada sete semanas depois da festa de Páscoa. O nome Pentecostes vem da língua grega (Hemera: “O Quinquagésimo Dia”) e significa “cinquenta dias depois” (da Páscoa).

Originalmente essa festa possuía três nomes hebraicos: “Festa das Semanas”, “Festa das Colheitas” ou “Dia das Primícias”. Estes nomes revelam um pouco do sentido dessa comemoração de cunho agrícola, que acontecia na época das colheitas e, como a própria denominação indica, era primeiramente realizada nos campos de trigo com o objetivo de promover a fraternidade entre os agricultores e, na prática, tratava-se de um mutirão para colher o trigo pronto para a ceifa.

Era um evento que se estendia por vários dias e era celebrado na estação sem chuvas em Israel. Motivo pelo qual os celebrantes, que vinham de longe, armavam suas tentas ao redor dos campos. A “Festa da Colheita” era motivo de alegria e ação de graças para o povo judeu que atraía para Jerusalém pessoas de toda a parte. Somente a partir do século VII a.C. todas as festas foram transferidas para o templo em Jerusalém, sede do governo, capital política e espiritual e, portanto, centro de todos os acontecimentos da vida judaica.

Uma das razões que ocasionou a mudança de nome para “Festa de Pentecostes” foi o domínio da cultura grega em 331 a.C., que impôs sua língua ao mundo, tornando-a muito popular entre os judeus. Mas Pentecostes adquiriu sua grande importância para os cristãos somente após a “ressurreição” de Jesus, ou seja, cinquenta dias depois da Páscoa.


Podemos imaginar Jerusalém, a cidade dos profetas como também era conhecida, tomada pelos gregos e egípcios que vinham ofertar sua primeira colheita ao templo. Com tantos estrangeiros circulando, os mais diversos idiomas e dialetos eram falados nas ruas da cidade, onde eram deixados restos da colheita pelo chão para que os peregrinos, viúvas e órfãos pudessem se alimentar e dar graças.

Os discípulos do Nazareno estavam entre os amedrontados e os entristecidos; Mas também estavam em êxtase e transformados com as últimas instruções do Mestre Jesus, que lhes aparecera em espírito, preparando-os para o apostolado que se avizinhava (Atos dos apóstolos cap.1 de 1 a 5).

Então foram surpreendidos por volta das nove horas da manhã daquele dia quando, diante do olhar de milhares de pessoas, houve o registro da formação de fenômenos físicos através de ruídos e sinais luminosos, além de fenômenos intelectuais por incorporações, onde cerca de 120 pessoas, incluindo os discípulos, ficaram mediunizadas, simultaneamente, e passaram a comunicar-se em 15 idiomas diferentes.

No campo do espiritismo a manifestação por meio da linguagem verbal de um idioma desconhecido pelo médium, acontece através da maleabilidade que ele oferece ao espírito comunicante no momento da comunicação. Ou seja, há um estímulo nesse “arquivo inconsciente” do médium para que ele interprete o pensamento do espírito e o exteriorize na língua que ele carrega no seu inconsciente (naquele idioma que aprendeu em vidas passadas). E nesse arquivo inconsciente estão adormecidas diversas línguas, algumas já consideradas extintas e outras em idiomas que aparentemente desconhecemos, mas se estimuladas, adequadamente, pelo espírito comunicante atinge seu determinado propósito.


O evento de Pentecostes foi providencial para os discípulos que naquele momento que oravam fervorosamente, também necessitavam de algum sinal do Mestre. Algo inspirador que os impulsionasse na sua árdua caminhada. Este fenômeno ostensivo, coletivo e inequívoco relatado por Lucas em Atos dos Apóstolos, em todo o primeiro e segundo capítulos, afirma que diante desse fato, só naquele dia, mais de três mil pessoas se converteram ao cristianismo e passaram a pregar e a disseminar o evangelho. E a partir daquela data, os apóstolos, encorajados por Pedro, fundaram a “Casa do Caminho” para abrigar os novos cristãos e os desamparados, passando a pregar o evangelho abertamente.

Como espíritas respeitamos todas as religiões e nos abstemos às críticas de seus respectivos dogmas e crenças, porém, de forma distinta, entendemos que o transe coletivo ocorrido durante a festa de Pentecostes, trata-se de um planejamento espiritual com o objetivo de ascender e manter acesa a chama da fé e de colocar o cristianismo em evidência entre todos os povos. Igualmente, a palavra “espírito santo”, para nós espíritas, tem a conotação de “espírito bom” (ou espírito puro de superioridade intelectual e moral absoluta) e entendemos o evento de Pentecostes como uma reunião de espíritos puros que tinham o desígnio providencial de criar um evento extraordinário que chamasse a atenção da humanidade para os fenômenos que se sucederam naquela data por meio do transe simultâneo de vários médiuns.


Acreditamos que o Consolador prometido pelo Mestre Jesus (João cap.16 v.7 a 13) não tem relação com o fenômeno de Pentecostes; E que os ensinamentos transmitidos à multidão nos vários idiomas eram os mesmos ensinamentos que Jesus transmitiu aos discípulos durante sua vida corpórea; E que a terceira revelação ainda haveria de ser conhecida como de fato o foi, a pouco mais de cento e cinquenta anos atrás.

Pentecostes é um acontecimento lembrado na seara espírita como um dos fenômenos mais importantes, já que se trata da maior sessão mediúnica da história. Acreditamos que o Consolador prometido por Jesus seria enviado com a missão de consolar e lembrar o que o Mestre dissera ao ensinar a boa nova a todas as nações. E graças a Deus sabemos por intermédio de espíritos superiores que mediunizam homens e mulheres de bem, que o Espiritismo é o Consolador Prometido e a Terceira Revelação.

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