Segundo Andrew Solomon "A depressão ceifa mais anos do que a guerra, o câncer e a AIDS juntos. Outras doenças, do alcoolismo aos males do coração, mascaram a depressão quando esta é a causa; se levarmos isso em consideração, a depressão pode ser a maior assassina sobre a Terra". Apesar disso, Solomon nos lembra, na mesma obra (Demônio do meio-dia, 2002), que "A depressão é um estado quase inimaginável para alguém que não a conhece". Segundo Jacob Melo no livro A Cura da Depressão pelo Magnetismo, classifica-se a depressão, segundo sua origem, em pelo menos três grandes grupos de causas: as causas biológicas, as psicocomportamentais e as religiosas. Nas causas biológicas são apresentadas as depressões decorrentes de ações genéticas, onde a hereditariedade teria um valor muito bem pronunciado em muitos casos. Aqui também são apontados os fatores bioquímicos, desde as influências hormonais do próprio organismo — portanto não provocadas —, à ação de glândulas como a pituitária e a tireóide, o metabolismo do sódio e do potássio no cérebro, a síntese da catecolamina no cérebro (dopamina, norepinefrina, epmefrina, etc), indolamina (serotonina, melatonina, etc.) ou mesmo problemas com a diminuição de aminas biogênicas, até as consequências de distúrbios provocados por uso de drogas, má alimentação, intoxicações, algumas infecções virais ou bacteriológicas, dores ou inflamações grandiosas, choques e traumatismos, intervenções cirúrgicas, e outras variantes. Dentro das causas psicocomportamentais, no âmbito das três grandes matérias do psiquismo humano, a Psicologia, a Psiquiatria e a Psicanálise, temos que as neuroses são verdadeiras catalisadoras para futuras depressões. Aliados ou paralelamente a isso, temos ainda: a dificuldade em lidar com as perdas (amorosas, familiares, de empregos, cargos, funções ou mesmo de oportunidades), a "guarda" muito baixa no campo da autoestima, a forma negativa como absorve a realidade da vida (muitas vezes dentro de fenômenos comuns, repetitivos e tremendamente naturais para a grande maioria da população), a autopunição, o excesso de perfeccionismo, o viver intensamente o papel de vítima, manter o pensamento e as ideias sempre desfocadas de uma postura positiva e eficaz... Tudo isso pode levar uma pessoa a severas crises de depressão.
No terceiro grupo, as causas religiosas são assim classificadas quando se consideram as influências sutis externas ao indivíduo. A grande maioria está dividida em: punição Divina (seja Deus, Alá, Jeová...), influência demoníaca (ação de Satanás e seus embaixadores) e, no caso espírita, por efeito das obsessões. Mas ainda existem outras variantes: desarmonias energéticas, desequilíbrio ou desorientação da kundalini, obstrução dos canais de vida, campos fluídicos sem filtragens etc.
O Magnetismo vem caminhando, progressivamente, funcionando como a luz que passa pelo obturador de uma câmara fotográfica, a qual, a depender do tempo de exposição e da qualidade do filme a ser impressionado, gerará uma imagem correspondente ao que esteja adiante da lente, os fluidos, dirigidos e direcionados pela força da vontade (do magnetizador), passando pelos obturadores (centros vitais) do paciente e potencializados pelo filme (perispírito) deste último, a depender do tempo e das técnicas de doação (Magnetismo) possibilitará às estruturas vitais do paciente o registro de novas "imagens" de harmonia e saúde, as quais impressionarão as estruturas físicas e psíquicas dele rumo às mudanças em seus circuitos de funcionalidade e saúde. Os centros vitais, recebendo novos tônicos energéticos sendo estes promanados de uma fonte harmoniosa e consistente - em tese, os magnetizadores doam fluidos harmônicos e consistentes - deverão reagir nesse mesmo sentido, portanto, buscando manter ou recuperar a harmonia. Sobre esta lógica fundamental observemos que outras variáveis têm valor bastante ponderável no conjunto da recuperação. As principais são: a postura do paciente (deve estar fundamentada no trinômio fé, esperança e merecimento); a vontade do magnetizador (e não apenas a boa vontade); o conhecimento das técnicas que determinarão onde, como e quanto é necessário, a complementação que servirá de manutenção do estado de alteração fluídica entre uma aplicação e outra (água fluidificada ou magnetizada) e a ação sempre indispensável do Mundo Invisível (Espíritos amigos, protetores, anjos guardiões etc.).
André Luiz (Evolução em dois mundos, 1987) nos aponta que as células são "servidoras e guardiãs fixas ou migratórias do tráfego e distribuição, reserva e defesa no centro esplênico", ou seja, como há atribuição do sutil para o físico o inverso também ocorre. Nesse sentido, as desarmonias nos órgãos associados ao esplênico também podem gerar igual sintomatologia e, por decorrência, levar a pessoa à depressão também. Por exemplo: alguém desestrutura seu fígado, seja por excessos alimentares, uso de tóxicos, impropriedades medicamentosas ou mesmo por má posição mental perante os atos da vida. Esse órgão irá, naturalmente, pedir ajuda ao centro vital esplênico, o qual fará o possível para repará-lo, realinhá-lo, enfim, colocá-lo em harmonia com o cosmo orgânico. Mas, verificando-se a cronicidade do mal, o esplênico também se descompensará, quando então surge a possibilidade de ele se tomar pouco eficiente na administração dos outros órgãos ou elementos que dependem de sua gerência. Caso, por exemplo, se em meio a isso tudo a vesícula biliar entrarem falência ou também não cumprir eficientemente seu papel e pesar sobre o pâncreas os efeitos desse desarranjo adicional, o esplénico dificilmente conseguirá filtrar os fluidos que o organismo precisará - sejam fluidos do próprio paciente ou absorvidos do ambiente externo. Nesse ponto, entrando o esplênico em descompensação, ele replicará negativamente sobre esses elementos e passará a vigorar, no lugar de um sistema de auto regulação positivo, um sistema de retro alimentação do desarranjo, ou seja: os órgãos afetados exigirão mais do esplênico e este, desequilibrado, mandará mais desarmonia para os órgãos dependentes, tudo isso num processo de moto contínuo e crescente. O resultado final já se sabe: campo altamente propício para a instalação de uma depressão. Mas a questão dos filtros não se limita ao campo orgânico. Na psicologia, se não há filtros "limpos", não há processos reparadores. Por exemplo: as neuroses só se fortalecem nas pessoas porque o acesso ao reprimido e ao recalcado está bloqueado, ou seja, não há, de via de regra e de forma natural, filtragem e, portanto, não ocorre o escoamento dos elementos geradores das deficiências e desarmonias; sem isso, os arquivos mal trabalhados contidos, sob pressão, nos porões da alma desencadeiam toda uma série de infortúnios e dificuldades pela vida afora. As depressões de origens psicológicas se verificam por força de bloqueios nos campos emocionais, pela falta de congruência, ou seja, não se sabe se o que se está transmitindo é mesmo o que se deseja transmitir bem como não se percebe que o que se recebe não guarda, necessariamente, relação com o que está sendo comunicado.
As depressões de ordem obsessiva também passam pelo mesmo critério.
Em suma, as obsessões, em última análise, também ocorrem por problemas de falhas nos fiItros fluídicos e espirituais. Jacob Melo recomenda em seus livros o processo de Tratamento de Depressão por Magnetismo (TDM) que se limite a aplicação dos dispersivos no esplênico e alinhamento geral pretendo favorecer ao paciente as melhores condições para que ele "respire" o clima fluídico e vital que lhe tem feito falta. Os dispersivos aplicados sobre o esplênico, nos níveis ativantes, quando feitos com competência, provocam, no paciente em depressão, uma sensação de renovação energética muito intensa, semelhante a que sente uma pessoa quando, após longo período com o nariz congestionado, consegue o alívio de respirar normalmente após o uso apropriado de um descongestionante nasal.
Portanto, apesar de ser verdadeiro que o Magnetismo cura ou alivia a depressão, é necessário saber que tipo de magnetismo é conveniente, do contrário pode se chegar ao oposto do que se busca. Os passes convencionais, aplicados apenas com as chamadas imposições têm falhado na tentativa de tratar a depressão, as pessoas quase sempre se sentem pior após receber os passes de imposição. O Magnetismo aliado ao tratamento da medicina convencional pode ajudar na cura da depressão.
Outro ponto importante é o poder do perdão e o que o perdão pode fazer de bem e de bom a quem perdoa! Faz tanto bem, mas tanto bem mesmo, que chega a ser irracional não se perdoar. Jacob fala do perdão no seu triplo sentido: pedir perdão, dar perdão e perdoar-se. Não há melhor desbloqueador de filtros para a interiorização de toda sorte de saúde e vigor para quem está deprimido por conta de mágoas, rancores e ódios, do que o solvente do perdão.
Outro bom aliado na luta contra a depressão é o bom humor, rir-se das coisas em geral, das brigas, dos pequenos problemas do dia-a-dia e, até mesmo, dos tempos difíceis que passamos. Trata-se de levar a vida de uma forma mais leve, mesmo diante de um trabalho mais sério, trata-se de rir mais e com maior frequência do que de costume.
Uma das maiores violências que um depressivo sofre são frases que ele escuta, do tipo: "Logo você, uma pessoa tão forte!"; "Se você tiver fé sairá rapidinho desse estado"... Seja cauteloso ao falar. Se não conseguir falar nada útil não fale nada. Mas se quiser dizer alguma coisa, que seja verdadeiro e útil.
Uma regra, entretanto, deve ser sempre lembrada: sobretudo reze, ore e vibre positivamente por essa pessoa.
Fonte: A cura da depressão pelo magnetismo: depressão tem cura sim / Jacob Melo