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O MAIOR BRASILEIRO DA HISTÓRIA



Chico Xavier desencarnou em 30 de junho aos 92 anos de idade. Nossa justa homenagem a esse homem que inspirou milhões de brasileiros a olhar para a vida com fé, esperança e amor.

Numa época em que o Brasil está carente de exemplos de dignidade, honradez e amor ao próximo, devemos evocar em nossa memória a figura e a conduta de Francisco Cândido Xavier, um homem simples, feito a maioria dos brasileiros honestos, que nasceu em berço pobre, trilhou o caminho dos humildes e de forma modesta soube partilhar com imensa generosidade e sabedoria os ensinamentos que adquiriu no mundo espiritual. O nosso Chico Xavier nasceu na cidade mineira de Pedro Leopoldo em 2 de abril de 1910, e desde os quatro anos de idade já manifestava sinais de excepcional mediunidade.

Ainda criança provou das agruras da vida tornando-se órfão aos cinco anos com o desencarne de sua querida mãe, Maria João de Deus. E por contingência da penúria financeira em que se encontrava a sua família, se viu obrigado a morar na casa de sua madrinha, mulher severa e ignorante que lhe impunha rígidos castigos físicos e morais.

Mesmo assim, a personalidade de Chico Xavier apresentava um caráter inquebrantável – herança de outras vidas – incapaz de qualquer maldade ou de desobediência. E foi nessa época difícil que o menino Chico, sentindo a falta do amparo materno, conversava com o espírito de sua mãe: – “Mamãe, foi Jesus que mandou a senhora nos buscar? Ela sorriu e respondeu: – Foi sim, mas Jesus deseja que vocês, os meus filhos espalhados, ainda fiquem me esperando… Aceitei o que ela dizia, embora chorasse, porque a referência a Jesus me tranquilizava. (…)

Aos 17 anos de idade, ainda em sua cidade natal, Francisco Cândido Xavier assume publicamente a sua missão mediúnica no dia 8 de julho de 1927, psicografando as primeiras dezessete folhas de papel, tratando sobre os deveres do espírita-cristão.

Segundo depoimento do próprio Chico Xavier: (…) – “Era uma noite quase gelada e os companheiros que se acomodavam junto à mesa me seguiram os movimentos do braço, curiosos e comovidos. A sala não era grande, mas, no começo da primeira transmissão de um comunicado do mais Além, por meu intermédio, senti-me fora de meu próprio corpo físico, embora junto dele. No entanto, ao passo que o mensageiro escrevia as dezessete páginas que nos dedicou, minha visão habitual experimentou significativa alteração. As paredes que nos limitavam o espaço desapareceram. O telhado como que se desfez e, fixando o olhar no alto, podia ver estrelas que tremeluziam no escuro da noite. Entretanto, relanceando o olhar no ambiente, notei que toda uma assembleia de entidades amigas me fitavam com simpatia e bondade, em cuja expressão adivinhava, por telepatia espontânea, que me encorajavam em silêncio para o trabalho a ser realizado, sobretudo, animando-me para que nada receasse quanto ao caminho a percorrer.”

Outro fato que marcou profundamente a trajetória do médium foi o seu encontro com o espírito de Emmanuel, seu mentor e companheiro que teve uma de suas encarnações terrenas na personalidade de um Senador Romano, contemporâneo de Jesus de Nazaré. Emmanuel deu-lhe orientações básicas para o trabalho que deveria desempenhar. Eis a primeira: Emmanuel – Está você realmente disposto a trabalhar na mediunidade com Jesus? Chico – Sim, se os bons espíritos não me abandonarem… (Respondeu o médium). Emmanuel – Não será você desamparado, mas para isso é preciso que você trabalhe, estude e se esforce no bem. Chico – E o senhor acha que eu estou em condições de aceitar o compromisso? Emmanuel – Perfeitamente, desde que você procure respeitar os três pontos básicos para o Serviço… (Antes que o protetor se calasse o rapaz perguntou): Chico: – Qual é o primeiro? Emmanuel (A resposta veio firme): – Disciplina. Chico – E o segundo? Emmanuel – Disciplina. Chico – E o terceiro? Emmanuel – Disciplina.

Em outra importante orientação recebida foi assim relembrada por Chico: – “Lembro-me de que num dos primeiros contatos comigo, ele me preveniu que pretendia trabalhar ao meu lado, por tempo longo, mas que eu deveria, acima de tudo, procurar os ensinamentos de Jesus e as lições de Allan Kardec e, disse mais, que, se um dia, ele, Emmanuel, algo me aconselhasse que não estivesse de acordo com as palavras de Jesus e de Kardec, que eu devia permanecer com Jesus e Kardec, procurando esquecê-lo.”

Mesmo recebendo os mais variados donativos de pessoas beneficiadas por seus préstimos espirituais, incluídos entre esses bens materiais: Canetas, carros e fazendas; Chico fazia uso da caridade repartindo todos esses donativos entre os desvalidos, através de instituições beneficentes, sendo que, sustentava-se, exclusivamente, com seu modesto salário de datilógrafo no Ministério da Agricultura. Dos seus 450 livros psicografados que venderam mais 45 milhões de cópias, Chico registrou em cartório a doação de todos os direitos autorais a que teria direito em favor de instituições beneficentes espíritas, demonstrando, assim, exemplo de abnegação, cidadania e amor ao próximo. Tanto as obras literárias como a pessoa emblemática de Chico Xavier inspiraram peças teatrais, filmes, novelas, canções e livros traduzidos para o esperanto, o francês, o inglês, o espanhol, o japonês, o tcheco e o polonês, entre outros. A começar pela sua primeira obra publicada em 1932, intitulada “Parnaso de Além-Túmulo”, até o último filme lançado no Brasil com o nome de “As Mães de Chico Xavier”, observa-se uma profunda influência desse médium sobre as artes brasileiras. Um exemplo pitoresco encontramos nos anos 70, quando o cantor Roberto Carlos revela no Programa “Flávio Cavalcanti”, a influência das obras do Chico nas letras das músicas de sua autoria.

Entre os inúmeros reconhecimentos prestados pela sociedade brasileira ao cidadão Francisco Cândido Xavier, destacam-se: Chico Xavier é o brasileiro que mais recebeu títulos de cidadão honorário na história; Em 1981 foi indicado ao prêmio Nobel da Paz; Em 2000 Chico foi eleito o “Mineiro do século XX”; Já em 2006, a Revista Época realizou uma pesquisa junto aos seus leitores a fim de saber quem era O MAIOR BRASILEIRO DA HISTÓRIA. De acordo com o resultado publicado pela Revista na edição de 09 de setembro de 2006, a enquete foi subdividida em duas: “A primeira pesquisa foi feita entre intelectuais, escolhidos pela revista, e a segunda dentre os leitores, que votaram pela internet. O júri da revista elegeu Ruy Barbosa; Todavia, a pesquisa feita junto aos leitores, elegeu Francisco Cândido Xavier”, que não se considerou dotado de tamanha importância. E em outubro de 2012, aconteceu uma enquete semelhante no programa O Maior Brasileiro de Todos os Tempos, transmitido pelo SBT, Chico foi eleito, mais uma vez, por voto popular, como “O MAIOR BRASILEIRO DE TODOS OS TEMPOS”. Mas, afinal, caro leitor, quem é o maior brasileiro da história? É um político? É um desportista? Ou é um escritor? Tenho certeza que para o nosso médium que fez de sua vida uma fonte de bênçãos, o maior brasileiro da história foi e sempre será o “próximo”, aquele cidadão comum que representa todos os Josés e todas as Marias a quem ele endereçou os seus ensinamentos.

Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta.” (Chico Xavier)

“Até hoje chegam cartas a Uberaba, Minas Gerais, endereçadas a Chico Xavier. Vêm pelo correio ou são jogadas por cima do muro do centro em que ele trabalhava. Parece que seus autores não se lembram de que Chico não está lá – morreu há 8 anos. Quer dizer, o homem morreu. O mito não”. (Revista Super Interessante – Abril de 2010)


Grupo de Estudo e Pesquisa da Ordem Fraternidade Luz e Fé – FLF (abril – 2013)

Fontes:

http://www.febnet.org.br/

http://www.geem.org.br/173_02.asp

http://bussolaliteraria.blogspot.com.br

http://super.abril.com.br/religiao/investigacao-chico-xavier-561667.shtml

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